Na platéia, autoridades, estudantes, artistas e crianças se misturavam formando um público muito interessado aguardando o início dos espetáculos

No discurso de abertura, Meire Milan, com seu jeito acolhedor, disse que  “os projetos que desenvolveu nesses 15 anos à frente do espaço de Convivência Artística Entreartes, tiveram, sempre, um objetivo principal:  propiciar ao maior número de pessoas o conhecimento da arte. Acredito ser fundamental apresentar  a comunidade a arte e seu valor na formação do cidadão e no efetivo exercício da cidadania.  Meu desejo foi e, sempre será fazer, com que todos nós, vivamos sempre,  ENTRE – ARTES.

Os espetáculos escolhidos para “abrir as cortinas” do festival respondeu a altura do público presente.

No palco,  os espetáculos da Noite:

Inderna de Intão Direção: B. de Paiva - Interpretação Graça Veloso - Brasil - Brasília - DF - Inderna de Intão, que significa "desde quando", é a história de uma velha sertaneja, viúva, que desde quando o marido morreu, passou a conviver com os fantasmas de seu passado, contando as estórias de como seus animais morreram, como conhecidos desapareceram ou como ela perdeu uma ou outra coisa que amava. È um mergulho na alma interiorana do estado de Goiás, com seus causos cômicos e suas religiosidades.

Guardados - Direção: Juliana jardim - interpretação - Regina Oliveira - Brasil - Rio de Janeiro - RJ - Trata-se de um mix de poesia, humor e música, em que as confissões de uma jovial atriz-palhaça, são apresentadas a platéia, seu principal interlocutor. Das passagens da infância – apresentando com humor o cotidiano de uma típica grande família da zona norte – até a adolescência, a atriz, Regina Oliveira, atua como se jogasse uma lente para o público observar in loco as voltas que a vida dá, sobretudo dela mesma, até a descoberta do picadeiro. O roteiro é uma colagem que une a história da própria atriz, que descobriu um outro eixo para a sua trajetória artística, trazendo ainda alusões ao livro "A Bolsa Amarela" de Lígia Bojunga Nunes, à poesia de Manuel de Barros e ao conto "Paixão de Dizer" de Eduardo Galeano.

La Suplente - Direção: Mariano Moro - Interpretação Maria Rosa Frega - Argentina - Buenos Aires

Um espetáculo singular onde o humor e os picantes comentários acerca dos atuais gostos sociais se fazem presentes. Trata-se da história de uma apaixonada professora de letras, Azucena Marchile, atormentada pelo passado de seus anos de universitária e, também, pela reencarnação de curiosos personagens literários. A monólogo conta com interpretação magistral de Maria Rosa Frega, premiada atriz do teatro argentino.

O público acompanhou admirado as belíssimas atuações de Graça Veloso em Inderna de Intão, de Regina de Oliveira em Guardados e de Maria Rosa Frega,  em la Suplente.