27 de outubro de 2004 - 16:40

Melhora do petróleo favorece e dólar cai; Bovespa tem alta

O dólar comercial encerrou em queda nesta quarta-feira, vendido a R$ 2,862, após o recuo nos preços de petróleo levarem a uma melhora dos mercados em geral. Às 16h16, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, registrava alta de 1,28%, aos 23.141 pontos.

"(O dólar) caiu muito em função do petróleo, o mercado todo melhorou", afirmou Marco Antônio Azevedo, gerente de câmbio do Banco Brascan.

Segundo Azevedo, o dólar vinha sendo pressionado nas últimas sessões pelo aumento sucessivo nos preços da commodity, mas o alívio nesta sessão favoreceu o declínio de 0,10% no dólar. Na mínima do dia, a divisa chegou a R$ 2,854.

O petróleo para dezembro em Nova York encerrou em queda de US$ 2,71, negociado a US$ 52,46 o barril, após dados norte-americanos mostrarem aumento nos estoques de petróleo e gasolina do país na semana passada.

Outro fator citado pelos analistas que contribuiu para a valorização do real foi o declínio do risco-país e a melhora nos títulos de dívida brasileira negociados no exterior.

Nesta tarde, o C-Bond, um dos principais papéis da dívida brasileira no exterior, tinha alta de 0,249% e era cotado a 98,8% do valor de face. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, caía 25 pontos, para 479 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro norte-americano.

De acordo com o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, "o dia foi de boas notícias".

"A vedete do mercado nos últimos dias tem sido o petróleo. (Com o declínio no preço) os mercados melhoraram, a Bovespa acompanhou os mercados lá fora. O risco-país caiu bem, os títulos brasileiros subiram um pouco. Foi um dia positivo", afirmou o gerente.

O gerente acredita ainda que o recuo do dólar já pode ser reflexo de um movimento de "vendidos" em preparação para a tradicional briga pela Ptax do fechamento do mês, que servirá de base para a liquidação dos contratos de dólar futuro.

Analistas ponderaram, no entanto, que o mercado demonstra certa cautela à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que será divulgada na quinta-feira, o que conteve um declínio maior do dólar.

 

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