26 de outubro de 2004 - 17:49

MST critica paralisação da reforma agrária no SE

João Daniel Samariva, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Sergipe (MST-SE), disse hoje que, embora o Estado tenha, proporcionalmente, o maior número de acampamentos do País e um dos melhores potenciais agrícolas do Nordeste, a falta de força política motivou a paralisação do processo de reforma agrária no Estado. O MST tem hoje 108 acampamentos com um total de 14.700 famílias em 40 municípios sergipanos.
Estão nos 115 assentamentos 6 mil famílias, 300 das quais assentadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A reforma agrária não evoluiu em Sergipe porque o Governo Federal é muito lento. Falta decisão e coragem", afirmou João Daniel.

Para o dirigente do MST, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, é progressista e tem bons propósitos, mas "não tem força para resolver os problemas. Nunca vi um ministro tão devagar quanto ele, nem mesmo no governo anterior (FHC). Essa lentidão impacienta os acampados, que precisam da posse da terra para produzir", lamentou.

"Se o ministro Miguel Rosseto tivesse firmeza e força junto ao Palácio do Planalto, o projeto Jacaré-Curituba já estaria concluído. Lá, entre Canindé do São Francisco e Poço Redondo, estão 700 famílias esperando a viabilização do perímetro irrigado para produzir. Mas desde o início do governo Lula a obra está paralisada e ninguém quando será retomada. É lamentável", concluiu.

 
 
 
Agência Nordeste