Ao menos 78 pessoas morreram na segunda-feira em confrontos entre as forças de segurança e manifestantes no sul da Tailândia, afirmou nesta terça-feira Manit Sutaporn, funcionário do Ministério da Justiça tailandês . As vítimas teriam sido mortas pela polícia, sufocadas ou esmagadas até a morte, depois de serem presas.

Segundo Sutaporn, os primeiros dados da polícia davam conta de apenas seis presos, mas o conflito fez, ao menos, 78 vítimas.

A médica Pornthip Rojanasunan, que trabalha no Ministério da Justiça tailandês, afirmou nesta terça-feira que um grupo de médico fez a autópsia nos 78 corpos, a maioria morta por sufocamento.

Os conflitos de ontem resultaram na prisão de 1.300 pessoas, segundo o oficial.

O vice-comandante do Exército tailandês, Sinchai Nujsathit, disse que as vítimas morreram de sufocamento porque "1.300 pessoas foram presas em caminhões". Ele não mencionou quantos veículos foram usados.

Ontem uma multidão de 2.000 jovens muçulmanos entrou em confrontos diretos com a polícia no distrito de Takbai, na Província de Narathiwat, ao sul da Tailândia.

O confronto começou quando manifestantes foram até uma delegacia de polícia para pedir a libertação de seis homens acusados de roubar armas de voluntários.

De acordo com fontes oficiais, os manifestantes jogaram pedras na delegacia e derrubaram um caminhão enquanto policias tentavam isolar a área.

Após o episódio de violência, autoridades anunciaram um toque de recolher nas três maiores Províncias do país --todas de maioria muçulmana.

Em janeiro, supostos militantes separatistas fizeram uma ação armada em um campo do Exército, mataram quatro soldados e roubaram centenas de armas de assalto.

 

 

Folha Online