O site de notícias do Paraguai, ABC Color, denuncia uma ofensiva da Igreja Católica contra empreendimentos que a seita do reverendo Moon estaria querendo implantar no País.

Segundo a reportagem, a cidade teria crescido à sombra da empresa argentina Carlos Casado SA, que se instalou na beira do Rio Paraguai. As propriedades de Casado SA no Alto Paraguay foram adquiridas pela seita do coreano Moon, que assumiu o controle de aproximadamente 500 mil hectares do Paraguai.
A intenção era criar projetos ligados a agropecuária e ao ecoturismo.

No entanto, a forte oposição da Igreja Católica e de líderes políticos locais teve impacto negativo, diante de possíveis interessados em investir em empreendimentos no local. O gerente da Victoria SA, firma que administra os bens da seita, Lorenzo Myung Ojeda, explicou que o objetivo a médio prazo é abrir um frigorífico, atendendo a demanda de empresas da cidade, independente delas pertencerem ou não a seita.

A criação de gado já estaria adiantada, mas o roubo constante de animais prejudica a atividade. A intenção é chegar a uma produção de 100 mil cabeças de gado, número que já justificaria a instalação de um frigorífico.
O gerente atribui a falta de investimento à ofensiva contra a empresa. A igreja estaria usando uma rádio comunitária de Puerto Casado para dar vazão à “campanha”.

O site também aponta a falta de interesse político em auxiliar neste impasse, já que eles também estariam interessados nas terras adquiridas pela seita. A empresa investe mensalmente 120 milhões de guaranis (em média R$ 58 mil), em trabalhadores temporários.