20 de outubro de 2004 - 15:04

Bush e Kerry estão tecnicamente empatados na Flórida

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e seu adversário democrata, o senador John Kerry, estão tecnicamente empatados na Flórida, um dos estado-chave para as eleições do próximo 2 de novembro.

De acordo com uma pesquisa divulgada hoje e realizada pela firma Mason-Dixon para diversos jornais da Flórida, a percentagem de intenção de voto para Bush é de 48%, enquanto a de Kerry é de 45%, o que representa um empate técnico por não superar a margem de erro de 4%. A percentagem de indecisos foi de 6%, enquanto o terceiro candidato, Ralph Nader, obteve só 1% das intenções de voto.

A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 16 de outubro. Uma enquete similar da mesma empresa realizada na primeira semana de outubro, fixava a vantagem de Bush em 48% frente a 44% de Kerry.

A Flórida, que foi o epicentro da eleição de 2000, quando Bush ganhou por 537 votos o estado e a presidência do país, após uma polêmica recontagem de votos que chegou à Suprema Corte dos EUA, é palco hoje de uma batalha voto a voto entre os aspirantes à Casa Branca.

Diversos analistas consideram que, pela percentagem de indecisos e os que ainda podem mudar seu voto no final, a Flórida, junto com Pensilvânia e Ohio, podem ser essenciais para que um dos candidatos saia vitorioso.

Tanto Kerry quanto Bush visitaram a Flórida mais de 20 vezes durante a campanha. Na segunda-feira passada, Kerry esteve em West Palm Beach, no litoral sudeste do estado, e em Orlando, no centro. Na terça-feira, Bush visitou São Petersburgo, no litoral oeste.

Ambos detalharam as diferenças de seus respectivos programas a cada um dos principais segmentos eleitorais do estado, buscando conquistar indecisos ou fazê-los mudar de lado.

Entre outros, os dois candidatos se dirigiram especificamente aos cubanos, que são mais de 40% dos quase 900 mil eleitores hispânicos, aos porto-riquenhos e mexicanos, o segundo e terceiro grupo hispânico quanto ao tamanho. Além disso, se dirigem com especial atenção aos aposentados e aos judeus, que, por sua quantidade, também poderão ser decisivos.

 

 

EFE