20 de outubro de 2004 - 10:43

Previdência lidera captações em 2004

O segmento de previdência privada no Brasil continua com destaque entre as diversas categorias de fundos de investimentos da economia brasileira e estão em primeiro lugar no ranking de depósitos em 2004. A modalidade soma R$ 6,73 bilhões em ingressos até setembro, superando os R$ 5,7 bilhões aplicados em fundos de investimento mistos, categoria que concentra o maior volume de depósitos no ano. O patrimônio total da aplicação encerra os nove primeiros meses com R$ 31,44 bilhões, crescimento de 43% em relação ao encerramento de 2003, quando atingiu R$ 22 bilhões, segundo os dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid).
Em setembro, os depósitos somaram R$ 694 milhões, volume ligeiramente superior à média mensal da categoria, de R$ 660 milhões, verificada em 2003, excluindo-se dezembro. Esse mês é atípico em função da forte procura dos investidores pela vantagem fiscal oferecida na categoria. Os depósitos em previdência podem ser deduzidos em até 12% da renda bruta anual do trabalhador.

Por segmento - Os fundos de previdência de renda fixa seguem como carro-chefe do segmento e receberam R$ 4,62 bilhões em depósitos no acumulado do ano ou 68,7% do volume total investido, seguido de longe pelos fundos de previdência multimercados sem renda variável, com captação de R$ 844 milhões ou 12,5% do total.
A escolha de um fundo de aposentadoria de renda fixa é, sem dúvida, opção mais segura e recomendada para seu capital, sobretudo pela característica da previdência privada de complementar sua renda futura ou aposentadoria. Os altos juros oferecidos no Brasil são um grande diferencial, principalmente em aplicações de longuíssimo prazo como essas.

Mudanças - Se você é investidor da modalidade, saiba ainda que o governo anunciou a criação de um novo regime tributário para a previdência complementar que começará a vigorar em janeiro de 2005. A mudança visa compatibilizar a categoria com a nova tributação dos fundos de renda fixa, que também entra em vigor no próximo ano.
A tributação antiga continua a valer para quem quiser permanecer nela. Mas o governo criou uma nova alternativa para quem migrar ou ingressar nos fundos que estarão sob as novas regras. Agora a alíquota será decrescente, conforme o tempo de permanência dos recursos na aplicação.
O valor começa punitivo, em 35%, para os recursos que permanecerem investidos por até dois anos. A seguir, a alíquota do imposto cai cinco pontos porcentuais a cada dois anos que o investidor mantiver o dinheiro aplicado, até atingir a taxa mínima de 10%, no prazo de dez anos.
 
 
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