20 de outubro de 2004 - 08:48

Bancários fazem assembléia para decidir se retomam a greve

Sindicatos e representantes dos bancários realizam nesta quarta-feira novas assembléias. O objetivo é avaliar a retomada ou não da greve da categoria. O movimento foi interrompido na última sexta-feira, dia 15, após 30 dias de paralisação.

Em São Paulo, a assembléia está marcada para as 18h. No Rio Grande do Sul, as reuniões começam a partir das 16h. Além de discutir a retomada da greve, os bancários também devem organizar o Dia Nacional de Luta, marcado para 21 de outubro, conforme orientação da Executiva Nacional dos Bancários.

Como não houve acordo entre os bancários e os bancos, o julgamento do dissídio dos trabalhadores da Caixa e do Banco do Brasil será realizado também amanhã pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Para negociar com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários colocarão como condição o não desconto dos 30 dias de greve. Bancos como o BB e CEF anunciaram o desconto de cinco dias de cada funcionários pela paralisação referente ao mês anterior.

Proposta - Os bancários reivindicam 19% de reajuste, abono de R$ 1.500, PLR de um salário mais R$ 1.200 e o não desconto dos dias parados. A proposta rejeitada pelos bancários previa reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha salários até R$ 1.500 - o que implicaria em reajustes de até 12,77% e aumento real de 5,75%.

Para os que ganham acima de R$ 1.500, o reajuste sugerido era de 8,5%, assim como para as demais verbas de natureza salarial como vales alimentação, refeição e auxílio-creche.

O INPC do período foi de 6,64%. A proposta previa Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217.

 

 

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