20 de outubro de 2004 - 07:07

Presos diminuem pena estudando

É oficial: presidiários que cumprem pena em Ponta Porã conseguem remir suas condenações freqüentando uma sala de aula. Cada dezoito horas de estudo paga um dia do tempo de reclusão. Era uma luta antiga da Divisão de Educação da Agência Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Agepen) que finalmente foi reconhecida pela Justiça. A aprovação dependia apenas da anuência do juiz das execuções penais.
A valorização dos estudos no sistema penitenciário foi motivo de comemoração da professora Dalziza Gomes de Oliveira Rodrigues, diretora da Divisão de Educação da Agepen, que já havia conseguido esse benefício para outros presídios do Estado. “Ficamos felizes quando soubemos que aqui também haviam atendido nosso pedido”, diz a diretora.
No Estabelecimento Penal “Ricardo Brandão” (presídio masculino), de Ponta Porã, funciona apenas uma sala improvisada, onde são ministradas aulas de manhã e à tarde a um grupo de 15 internos em cada período. No presídio feminino são 12 internas estudando num único período. “Queremos viabilizar mais espaço para que outros internos tenham a mesma oportunidade”, frisa Dalziza Rodrigues.
MARCENARIA
A diretora aponta ainda que conseguiu viabilizar um curso de marcenaria para o presídio masculino, pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que pode contemplar pelo menos 20 internos. “O curso já está aprovado, só falta ver os meios e data de implantação”, garante. No presídio feminino a Agepen aprovou um curso permanente de artesanato para as internas.
 
 
 
Terra Redação