O Interlegis promoveu hoje o seminário "O avanço da Ciência e Tecnologia nas diversas áreas do conhecimento", transmitido em videoconferência para dez assembléias legislativas. Durante o evento, o representante da Academia Brasileira de Ciência, Esper Cavalheiro, defendeu a aprovação do Projeto de Lei da Biossegurança (PL 2401/03), mas ressaltou que é preciso ampliar a discussão sobre o assunto. "Biossegurança é muito mais do que o projeto aborda", criticou.
Na avaliação de Cavalheiro, é preciso discutir as vantagens e desvantagens da transgenia. Para ele, o Brasil é capaz de fazer ciência de primeira linha e os cientistas brasileiros são competentes para responder sobre essas questões. "O País está bastante maduro em relação a esse assunto e deve acreditar em seus cientistas, que estão preparados para dar uma resposta adequada sobre organismos geneticamente modificados", disse.

Biodiesel
A deputada Mariângela Duarte (PT-SP) destacou que o Governo precisa evitar que se repitam, no incentivo ao biodiesel, os erros ocorridos com o Pró-Álcool. Ela defendeu que a produção de biodiesel leve em consideração a inclusão social, com a definição de leis claras de financiamento com juros baixos para os produtores. A deputada disse que é preciso evitar a monocultura e que o biodiesel não deve ser distanciado da extensão rural.
Ela defendeu ainda a aprovação, pelo Senado, do projeto lei de inovação tecnológica (PL 3476/04). Em sua opinião, o projeto, já aprovado na Câmara, é um dos maiores instrumentos para a inclusão social.
O deputado Ariosto Holanda (PSDB-CE) elogiou durante o encontro a iniciativa do Governo Federal de criar a "Semana Nacional da Ciência e Tecnologia". Em sua avaliação, no últimos anos o Brasil avançou na área de ciência, mas falta um longo caminho na área de tecnologia e transferência de conhecimento.

 

 

 

Agência Câmara