7 de julho de 2004 - 16:55

Pesquisa mostra valorização da mulher no mercado de trabalho

Uma pesquisa realizada por duas universidades de Brasília mostra a valorização cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho.  Entre os fatores que contribuíram para reduzir a discriminação está a exigência de concurso para a entrada no serviço público, prevista pela Constituição de 1988, e o aumento da competitividade entre as empresas, conseqüência da abertura do mercado após implantação do Plano Real 1994.

 

Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo revela que os homens eram maioria na folha de pagamento do governo, entre 1981 e 1988. Na faixa etária de 33 a 43 anos eles representavam 60,5% do total de funcionários. 

Entre 1988 e 1999, esse índice caiu para 50%, devido à aprovação maior de mulheres em concursos públicos.

 

“O critério subjetivo de contratação foi removido e o computador passou a contratar.  Como as mulheres estudam mais no Brasil, elas passaram a ter sucesso nos concursos públicos.  E, agora, não apenas em cargo de secretária”, revela o economista Jorge Saba Arbache, pesquisador da Universidade de Brasília.

 

Uma prova disso está em um levantamento do próprio IBGE, com dados comparativos de 1992 e 2002.  E, 1992, o salário médio das mulheres correspondia a 60% da remuneração dos homens. Já em 2002, correspondia a 70%.

 

 

 

Brasil Agora