19 de outubro de 2004 - 10:29

São-paulinos admitem: o clima pode esquentar contra o Santos

A história não deixa os jogadores mentirem. Confrontos decisivos e seguidos com o mesmo adversário sempre esquentaram o clima dos jogos e, invariavelmente, acabaram em troca de insultos e agressões físicas. Recentemente, no futebol paulista, Corinthians e Palmeiras viveram a mais famosa destas confusões em 1999, quando Edílson comemorou fazendo embaixadinhas e desencadeou um confronto generalizado no Morumbi.

Com mais dois jogos seguidos contra o Santos, os jogadores do São Paulo esperam que tudo seja decidido dentro de campo e que a batalha verbal entre Elano e Lugano não acabe em mais confusão. Porém, a tarefa será complicada.

“Jogar três vezes contra o mesmo adversário em menos de 15 dias é um pouco diferente. Sempre fica alguma rixa de um jogo para o outro. Pelas declarações que ouvimos esta semana, as coisas podem ficar complicadas. Espero que tudo seja resolvido na bola”, disse Grafite, referindo-se às reclamações de Elano, que chamou Lugano de violento após o jogo do último domingo.

Fabão estava suspenso no jogo de ida válido pelo mata-mata da Copa Sul-Americana e não entrou em campo na derrota por 1 a 0 para o Santos. De volta ao time nesta quarta-feira, ele defendeu o companheiro Lugano, que nunca foi expulso na carreira.

“Os zagueiros de todos os times são fortes e devem jogar duro para não perder nenhuma jogada. Eu prefiro muito mais ouvir as reclamações do Elano do que as do Leão no vestiário porque vacilamos em campo”, ironizou Fabão, sempre irreverente.

O zagueiro baiano não deu muita atenção ao atrito com os santistas e acha que tudo não passa de uma tática do time adversário para ser beneficiado pela arbitragem. “Já faz tempo que não tomamos muitos cartões. Estamos só jogando na bola. Isso está sendo usado para tentar chamar a arbitragem para o lado deles. Não vai funcionar”, concluiu.

 

 

Gazeta Esportiva