15 de outubro de 2004 - 16:57

Petróleo fecha semana em recorde, próximo aos US$ 55

O preço do barril de petróleo bateu pela primeira vez os US$ 55 nesta sexta-feira e encerrou a sessão negociado em recorde no mercado americano. As cotações saltaram diante do temor de que os EUA não consigam aumentar suas reservas de óleo para calefação a tempo da chegada do inverno, temporada em que o consumo do produto aumenta.

O barril do U.S Light avançou US$ 0,17 e fechou em recorde, cotado a US$ 54,93, após ter batido US$ 55 durante o pregão, seu maior nível em 21 anos, desde que o contrato é negociado na Bolsa Mercantil de Nova York.

Já o petróleo tipo Brent, referência na Europa, recuou US$ 0,16 e fechou cotado a US$ 49,93. No início da semana, o barril londrino quebrou seu recorde histórico, sendo negociado a US$ 51,50.

A notícia do fim da greve geral na Nigéria - o quinto maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) - chegou a aliviar a preocupação do mercado com uma possível crise de abastecimento, mas não foi suficiente para segurar a alta dos preços.

Nesta quinta-feira, o relatório semanal divulgado pelo governo americano mostrou uma queda nos estoques de destilados do país, incluindo o óleo de calefação, que recuaram em 2,5 milhões de barris, para 120,9 milhões de barris, na semana passada, uma queda de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.

No mesmo dia, o presidente da Opep, Purnomo Yusgiantoro, afirmou que o preço do barril continuará subindo até o fim do mês de outubro, devido ao fortalecimento da demanda.

Além do aumento previsto da demanda energética do hemisfério Norte, a instabilidade no Iraque e a ameaça de quebra da maior petroleira russa, a Yukos, também colaboram para a alta dos preços.
 
 
Globo Online