15 de outubro de 2004 - 08:12

Bombeiros buscam desaparecidos em desabamento

Uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros de Pernambuco ainda trabalha na busca a três desaparecidos no desabamento de um prédio de 12 andares na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana da capital pernambucana. A caixa d'água do prédio, que provocou o desmoronamento, está intacta em cima dos escombros e ameaça cair a qualquer momento.

O prédio caiu por volta das 20h30 de quinta, horas depois que uma equipe da Comissão de Defesa Civil (Codecipe) constatou uma fissura na caixa d'água e rachaduras nas pilastras. Segundo o telejornal Bom Dia Brasil, a Defesa Civil havia informado, antes do desastre, que a fissura na caixa d'água não havia comprometido a estrutura do prédio. No entanto, vários moradores desocuparam o edifício, mas, segundo o tenente-coronel Marcos Antônio, oito ou nove pessoas estariam no Edifício Areia Branca no momento em que o imóvel desabou.

Nesta manhã, além de procurar o porteiro Antônio Fêlix dos Santos, 38 anos, e mais dois homens que estariam trabalhando numa obra no momento da queda, os bombeiros trabalharão na retirada da caixa d'água de forma a não causar um novo desastre. Eles pretendem removê-la para para o lado da rua, e não para o lado dos prédios vizinhos, para que, se cair, ela não provoque novos danos.

Outros dois operários conseguiram escapar do desabamento, mas, quando saíram correndo pela rua, foram atropelados na frente do edifício. Eles foram internados no Hospital Getúlio Vargas, no Recife.

O edifício Areia Branca, na Avenida Bernardo Vieira de Melo, tinha 24 apartamentos e foi construído há quase 28 anos. Ele vinha apresentando problemas há alguns dias.

Os feridos Jorge Severino dos Santos, 33 anos, e José Inácio de Santana, 42, foram levados ao Hospital da Restauração, em Recife. Eles sofreram ferimentos na cabeça e Jorge Severino estaria também com suspeita de fratura no braço.

Os moradores do Areia Branca devem se reunir até o final de semana para decidir qual atitude devem tomar em relação ao desabamento do prédio.

O edifício foi o quinto a cair na região metropolitana do Recife nos últimos sete anos.

 

 

Terra Redação