13 de outubro de 2004 - 17:54

Agrotóxicos do Paraguai dominam mercado em Dourados

Produtos agrotóxicos contrabandeados do Paraguai devem ser usados intensamente na próxima safra na região de Dourados. A afirmação é de engenheiros agronômos e revendedores do município. Os técnicos acreditam que a procura pelos produtos ilegais deve crescer pois muitos produtores estão descapitalizados e vão optar pelos contrabandeados para gastar menos.

O mais procurado pelos produtores é o herbicida Clorimuron, usado para o controle de folhas largas nas lavouras de soja. O agrotóxico custa em média R$ 600 o quilo no mercado legal, enquanto que o produto paraguaio custa em média R$ 295 o quilo. Já o fungicida Carbendavin, usado para combater as doenças de final de ciclo da soja, custa em média R$ 50 o litro nas revendedoras de Dourados. O contrabandeado é 60% mais barato.

Segundo os técnicos, os agrotóxicos paraguaios possuem especificações diferentes em relação aos brasileiros, por isso, além de ser ilegais não são recomendados. A Polícia Federal e o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis) estão de olho no contrabando de agrotóxicos do Paraguai para Estados produtores de grãos no país. O delegado da Polícia Federal em Dourados, Lásaro Moreira da Silva disse que já intensificou as fiscalizações nas estradas que cortam a região. A pessoa que for presa transportando agrotóxico ilegal pode pegar pena de 1 a 4 anos de detenção.

 

 

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