O ministro de Assuntos Exteriores do Reino Unido, Jack Straw, confirmou oficialmente hoje, sexta-feira, o assassinato no Iraque do engenheiro Kenneth Bigley, de 62 anos, por seus seqüestradores.

O irmão de Kenneth Bigley, Phil, também confirmou a morte. "Temos a prova definitiva de que Ken foi executado por seus captores", afirmou, falando ao canal de notícias Sky News. O canal de televisão por satélite Abu Dhabi havia afirmado ter um vídeo no qual se vê a execução de Bigley, mas que se abstinha de exibi-lo.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, também se manifestou sobre a morte, expressando "total repúdio" não só pela "barbárie" da decapitação no Iraque do engenheiro Kenneth Bigley, mas também pelo modo como lidaram com a situação nas últimas semanas.

O ministro Jack Satraw ainda informou hoje pela primeira vez que houve uma troca de mensagens com os seqüestradores através de intermediários, mas que os seqüestradores não cederam em suas posições.

Straw afirmou que o governo fez tudo ao seu alcance para conseguir a libertação do refém, seqüestrado no dia 16 de setembro em Bagdá. O ministro disse ainda que Bigley era um "homem decente" que estava no Iraque para trabalhar para o povo iraquiano e que nada podia justificar esse crime.

Straw anunciou hoje mesmo que viajará a Liverpool, no norte da Inglaterra, para visitar a família do engenheiro, à qual elogiou pela integridade mostrada apesar de seu sofrimento.