A Polícia Federal decidiu reforçar a segurança do juiz federal Odilon de Oliveira, da Vara Federal de Ponta Porã, após a fuga dos traficantes Hélio e Jean Morinigo, pai e filho, detidos desde novembro do ano passado na Unidade Penal Ricardo Brandão, na cidade, por tráfico de 50 quilos de cocaína. O resgate teria sido comandado por Nilton César Antunes Veron, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), encarregado de executar o juiz, sob as ordens do traficante Jarves Pavão.

Apesar do juiz federal não ter qualquer participação na prisão dos traficantes, o delegado Guilherme Guimarães Farias, da PF de Ponta Porã, explicou que as investidas contra o crime organizado estariam incomodando os traficantes e Jarves Pavão ordenou a execução. Por causa disto, Odilon de Oliveira, que era acompanhado de quatro seguranças à paisana e usa carro blindado, teve proteção reforçada após o incidente no presídio, uma das poucas ações que podem ser tomadas pela PF brasileira.

Segundo Guilherme Farias, a rota de fuga dos Morinigo pode ser Pedro Juan Caballero, ou interior do Paraguai. Nas duas possibilidades, qualquer ação no Brasil esbarra na falta de apoio da polícia paraguaia. “Eles não tem o mínimo interesse em caçar estes traficantes; comunicamos à Assunção, mas e daí? nós vamos ficar de mãos atadas, é uma lástima”, afirmou, explicando que o sistema falido de policiamento e da justiça do Paraguai dificultam o combate à criminalidade.

A PF também entrou em contato com o governador paraguaio, Robert Acevedo, que também seria alvo dos traficantes. Desde que assumiu a vara de Ponta Porã, Odilon de Oliveira mantém contato com Acevedo para transferir traficantes brasileiros que estão presos no Paraguai.

Mídia Max News