A perseguição e a matança indiscriminada de animais silvestres no perímetro urbano vem preocupando a comunidade de Dourados e principalmente os ambientalistas.
Ontem uma capivara foi encontrada morta à beira do lago do Ceper Arnolulfo Fioravanti, onde cerca de dez animais desta espécie ainda vivem, apesar do lago não ser cercado, estar no perímetro urbano e provavelmente contaminado. No local, a movimentação de pessoas é constante.
A capivara encontrada morta, apresenta sinais de que foi baleada há algum tempo. O animal pode ter morrido em conseqüência do ferimento à bala.
O policial civil e ambientalista José Carola, o "Zitão", que mora nas proximidades e se dedica a cuidar dos animais, lamentou bastante a morte da capivara na manhã de ontem. Ele disse que é comum na área do Ceper Fioravanti a presença de pessoas armadas.
"Nós ouvimos tiros quase todas as noites aqui no Ceper, mas não sabíamos que eles estavam atirando em direção às capivaras. É um crime ambiental que terá que ser apurado, antes que matem todas as capivaras que ainda vivem aqui", afirma o policial.
José Carola disse que por diversas vezes chamou a Polícia Militar Ambiental para que comparecesse até o local para recolher a capivara e tentar identificar quem matou o animal. "Eu chamei, mas a PMA disse que não tinha viatura para atender essa ocorrência. Um rapaz me disse que estes dias um pequeno jacaré chegou a ir até a quadra e estava entre as crianças que jogavam bola no local. O jacaré teve que ser arrastado até o lago porque a polícia não teve como comparecer até aqui", disse Carola.
A Guarda Municipal esteve ontem no local observando a situação e um dos servidores disse que iria acionar o pessoal da Semsurt para recolher o animal morto. "Pelo jeito ela foi morta em conseqüência deste tiro, que deve ter sido disparado há alguns dias", disse o guarda.

 

 

 

 

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