5 de outubro de 2004 - 15:45

Murilo critica abertura de cofres para beneficiar candidatos

O deputado federal Murilo Zauith (PFL/MS) criticou hoje a abertura dos cofres públicos em tempo de eleição. Entre janeiro e setembro deste ano, o governo liquidou 58,4% de todos os recursos orçamentários disponíveis, o que corresponde a R$ 239,84 bilhões da receita total de R$ 410,7 bilhões prevista para 2004. No mesmo período de 2003, esse percentual ficou em 54%.

Ele censurou o fato de deputados e senadores aliados ao governo terem sido privilegiados na liberação desses recursos, por meio do empenho de emendas parlamentares. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) revelam, por exemplo, que enquanto 21 candidatos do PT conseguiram R$ 15,8 milhões - sendo R$ 5,6 milhões diretamente para a prefeitura onde disputavam a eleição - oito candidatos do PFL foram contemplados com apenas um convênio, no valor de R$ 100 mil.

Murilo observou que o recorde de liberação de recursos ocorreu exatamente no período anterior ao primeiro turno das eleições municipais, o que impulsionou as candidaturas de partidos da base de apoio ao Palácio do Planalto. "Nessa eleições, o PT foi o dono da caneta, dono das verbas", resumiu.

O deputado pefelista condenou ainda o empreguismo promovido pelo governo Lula e pelo PT. Ainda durante a apuração dos votos do primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou a Medida Provisória 220, que cria 132 cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS), incluindo os de nível 5, de remuneração mais elevada no
serviço público federal. O preenchimento desses cargos é feito sem concurso público. Segundo ele, a criação desses postos não justifica a edição de uma medida provisória porque o assunto não é urgente ou relevante.

Murilo lembrou que há menos de dois meses, o governo Lula aprovou outra medida provisória criando três mil cargos na administração federal, também preenchidos sem concurso público.

 

 

Fátima News / Assessoria