5 de outubro de 2004 - 15:09

MEC abre 17,5 mil vagas em cursos a distância em 2005

O MEC (Ministério da Educação) aprovou a abertura, em 2005, de 17.585 vagas em cursos de graduação a distância nas áreas de pedagogia, matemática, biologia, física e química. Os cursos serão oferecidos por instituições públicas federais, estaduais e municipais organizadas em oito consórcios, nas cinco regiões do país. Segundo o secretário de Educação a Distância, Marcos Dantas, citado por sua assessoria, a ação faz parte das medidas adotadas para solucionar o problema da falta de professores, especialmente a das ciências exatas. Levantamento do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mostra que em química, física, matemática e biologia faltam 250 mil profissionais na rede pública. "Priorizamos a oferta de cursos de ciências exatas devido à dramática carência de docentes no ensino médio e para as séries finais do ensino fundamental nas redes públicas", disse Marcos Dantas. O Ministério da Educação definiu, por meio da Lei de Diretrizes e Bases, que até 2006 nenhum professor do ensino fundamental e médio do setor público poderá dar aula sem possuir curso superior. Assim, se explica o fato dos educadores serem mais de 90% dos alunos da educação a distância no Brasil. Na repartição das 17.585 vagas, 6,4 mil serão para cursos de pedagogia, 3.565 para matemática, 3.465 para biologia, 2.530 para física e 1.680 para química. Os cursos terão a duração de quatro anos, como já ocorre nas licenciaturas presenciais, e a seleção dos candidatos será feita a critério das instituições vencedoras em cada consórcio. De acordo com Marcos Dantas, mesmo sendo na modalidade a distância, os alunos deverão ter parte das atividades presenciais, especialmente a avaliação, respeitados os projetos próprios dos consórcios. Os alunos terão tutores para orientar os estudos, tirar dúvidas, fazer avaliação, além de material didático impresso adequado à modalidade. Ao final, o aluno receberá certificado da instituição onde fez o vestibular. O Ministério da Educação e os consórcios vão assinar, em 30 dias, contratos para o repasse de recursos destinados à manutenção dos cursos. Em 2004, o MEC vai investir R$ 14 milhões, que deverão ser aplicados na aquisição de equipamentos, produção de materiais didático-pedagógicos orientados para o ensino a distância e preparação de vestibulares. Para 2005, informa o secretário Marcos Dantas, o orçamento do MEC prevê um repasse de R$ 20 milhões para a manutenção dos cursos, ação que está prevista no Plano Plurianual (PPA) 2004-2007.