5 de outubro de 2004 - 09:09

Alberto volta à Vila sem medo da torcida

Autor do primeiro gol nas finais do Brasileirão 2002, que abriu o caminho do Santos para o inédito título brasileiro, o atacante Alberto vive a expectativa de voltar à Vila Belmiro pela primeira vez depois da conquista, e justamente vestindo a camisa do Corinthians, adversário santista naquela oportunidade.

Na reapresentação do elenco do Timão nesta segunda-feira, o jogador não escapou das perguntas sobre o seu ex-clube e o que espera da torcida santista neste reencontro. E não pipocou nas respostas. 'O torcedor é passional e tenho de estar preparado para qualquer coisa. É claro que não espero confetes ou ser aplaudido pela torcida do Santos, mas acredito que serei respeitado por eles', afirmou.

Questionado sobre uma possível 'chuva de chinelos' vinda da arquibancada, como já ocorreu com outros ex-santistas que trocaram a Baixada por uma equipe rival, Alberto comentou: 'Todo mundo que entra na Vila para jogar contra o Santos é vaiado. Não faço idéia do que vai acontecer, mas não penso nisso, pois preciso ficar concentrado. Se as coisas forem boas, vou receber de braços abertos, se não forem, vou esquecer', avisou.

Se depender do apoio de Jô, seu concorrente à camisa nove do Timão, Alberto irá tirar de letra qualquer manifestação contrária ou ofensiva da torcida do Peixe. 'Ele e o Fábio Costa são jogadores experientes, que sabem lidar com a pressão. Os dois não terão problema nenhum em assimilar eventuais vaias', apostou.

Silêncio : Enquanto o atacante Alberto não se importou em comentar o que espera do reencontro com seu ex-time, o goleiro Fábio Costa, que deixou o Peixe pelo Corinthians no início do ano, preferiu se calar. Escolhido pelos jornalistas na votação diária que define os entrevistados, a 'Muralha' não atendeu aos pedidos da assessoria de imprensa, deixando o Parque São Jorge em silêncio.

Nesta terça, véspera do clássico, novamente o torcedor corintiano não poderá ler ou escutar declarações do goleiro sobre sua expectativa para o clássico, pois, segundo sua orientação aos assessores, ele só aceita falar, quando votado, às segundas e sextas-feiras.

 

Gazeta Esportiva