5 de outubro de 2004 - 08:48

Matemática aponta candidatos ao título do Brasileirão

Lápis, papel e calculadora na mão. Faltam apenas 12 rodadas para que o novo campeão brasileiro de futebol seja conhecido, e sete equipes ainda possuem chances matemáticas de levantar o caneco, embora as evidências limitem a disputa entre Atlético-PR e Santos.

Na outra ponta da tabela, a briga para ver quem serão os "felizardos" integrantes da Série B em 2005 também mexe com os torcedores de todo o país. Entre as 24 equipes, apenas 13 estão matematicamente salvas da humilhação, e algumas curiosidades cercam a zona de rebaixamento.

O Vitória, que até o momento ocupa a 20ª colocação, tem um percentual maior de chances de cair do que o Paraná Clube, 21º na tabela. A explicação para o fato é dada por Tristão Garcia, matemático apaixonado por futebol e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

"Não é levado em conta apenas o número de pontos ganhos, e sim um conjunto de fatores, como retrospecto contra os times que ainda irão enfrentar dentro e fora de casa. O perfil é diferente e o caminho para escapar também", explicou Tristão, por telefone, à reportagem da Gazeta Esportiva.Net.

Em um papo descontraído, o matemático revelou algumas curiosidades que não podem ser encontradas em seu site na internet (www.infobola.com.br), como o ranking dos técnicos com melhor aproveitamento na competição, além de criticar duramente o sistema de pontos corridos e dar a sua sugestão sobre qual a forma mais interessante e rentável de disputa do campeonato, tanto para os clubes quanto para torcedores.

A grande surpresa da conversa, no entanto, surgiu em âmbito internacional. Ao contrário do que é veiculado na maioria dos meios de comunicação, Tristão lembra que apenas os três primeiros colocados do Brasileirão têm vaga assegurada na Libertadores 2005. A teórica quinta vaga, já que o Santo André, campeão da Copa do Brasil, está garantido, teria de ser disputada em uma repescagem, talvez até contra o Once Caldas, atual campeão continental.

"As pessoas evitam explicar isso por demagogia e política, pois acham que a vaga já é do Brasil, mas não é assim que funciona. Nós temos quatro vagas e meia, e não cinco. O quarto colocado do Brasileirão terá de disputar uma fase preliminar da Libertadores, como uma repescagem", explicou o matemático.

 

 

Gazeta Esportiva