4 de outubro de 2004 - 16:17

Brasil já conta com novo seguro para a agricultura familiar

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, informou no último dia10, no Palácio do Planalto, que o Seguro da Agricultura Familiar, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai atender 850 mil produtores no seu primeiro ano. Segundo o ministro, os agricultores já estão aderindo ao novo seguro nesta safra. Ele definiu o lançamento como o cumprimento de mais um compromisso do governo federal para garantir a universalização e fortalecimento das políticas públicas para o setor."Esse é um dia que marca uma conquista histórica para os agricultores familiares", afirmou, destacando que há pelo menos 20 anos acompanha o debate por um seguro garantidor de renda no campo.
Rossetto lembrou que o novo seguro agrícola, que prevê contribuição obrigatória de 2% para as culturas que terão a cobertura, é o fruto de uma ampla discussão realizada entre vários segmentos da sociedade em todo o País. O ministro ressaltou a contribuição dos parlamentares, dos movimentos sociais e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
    O Seguro da Agricultura Familiar vai beneficiar especialmente as regiões Norte e Nordeste, e trouxe duas grandes inovações: a cobertura integral do financiamento agrícola (combatendo assim a inadimplência) e o reconhecimento do custo da produção, garantindo boa parte da renda pretendida pelo produtor. "É uma opção que cria estabilidade, assegurando ao agricultor a possibilidade de uma vida digna até a próxima lavoura." O ministro disse ainda que a resposta ao programa virá com uma ampliação do trabalho realizado. "Queremos que com este recurso possamos melhorar a qualidade de nossa produção."
    Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, o seguro começa a trazer ao setor um pouco de esperança, em especial no Nordeste. "Cerca de 70% da agricultura familiar não têm acesso ao crédito; não significa ainda um benefício para a maioria. No entanto, queremos registrar a importância do programa. Não é que resolve tudo, mas está no caminho de avançar e dar segurança". 
 
 
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