O embargo da Rússia à carne de Mato Grosso pode aumentar as exportações de Mato Grosso do Sul para o país. Com quase 25 milhões de cabeças, Mato Grosso do Sul é o detentor do maior rebanho bovino de corte do Brasil e exporta hoje cerca de 14% de sua produção para a Rússia, valor este que, segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), pode chegar aos 20%.

Para o diretor secretário da Famasul, Ademar Silva Júnior, é preciso que os órgãos de vigilância sanitária e de relação comercial do Estado sejam ágeis para abocanhar essa fatia do mercado. "Isso deve se concretizar se estreitarmos nossas relações com esse país através de nossos representantes", afirma. Ademar ainda comenta que Mato Grosso do Sul tem feito um trabalho muito bom mantendo suas condições sanitárias condizentes com o exigido pelo mercado internacional.

"O produtor rural tem pago pelo status sanitário positivo e tem tido pouco retorno disso", disse. O aumento das exportações, segundo ele, pode variar de 18% a 20% e se concretizado, será importante para o criador. "Esse aumento poderia privilegiar diretamente o criador, gerando uma acomodação dos preços ou até mesmo um aumento do valor pago ao produtor", avalia.

Se realmente ocorrer, o aumento das exportações deverá ter um reflexo bastante positivo não só o produtor rural de Mato Grosso do Sul, mas tanmbém para cadeia produtiva da carne do Estado. Ademar acredita que se todos os elos da cadeia forem efetivos (as indústrias, frigoríficos, agências de vigilância sanitária e o próprio produtor), em breve o Estado terá aumentado suas exportações para a Rússia.

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