30 de setembro de 2004 - 17:48

Espanha quer colaborar com programa Fome Zero

A Agência de Cooperação Internacional Espanhola está em fase final de avaliação de um projeto que prevê a doação de mil toneladas de alimentos para o programa Fome Zero. De acordo com o embaixador da Espanha no Brasil, José Cordech, as últimas diretrizes do projeto serão dadas pelo governo espanhol até a próxima semana.

“Desde que o Fome Zero começou, a embaixada se mobilizou para tentar participar de alguma maneira”, lembrou Cordech. “Essa parceria se intensifica agora, com a participação da Espanha, junto com o Brasil, na luta contra a fome e a pobreza no nível mundial. Não há nenhum sentido que, em pleno século 21, milhares de pessoas não tenham o que comer ou morram de fome.“

Outra doação coordenada pela embaixada da Espanha no Brasil está prevista para o próximo mês. Os números dependem da contribuição dos patrocinadores que apóiam o evento Brasil-Espanha 2004, Esporte, Cultura e Solidariedade. Trata-se de um conjunto de atividades programadas para o mês de outubro em comemoração ao Dia Nacional da Espanha, celebrado no próximo dia 12.

Em Brasília, um dos principais eventos será a exposição de artesanato de nove estados nordestinos. Intitulada “Espanha Mostra Nordeste”, ela está montada na própria embaixada da Espanha, na quadra 811 sul do Plano Piloto. A partir deste sábado, a exposição ficará aberta ao público até o dia 17, de segunda a sexta-feira, das 17h às 21h, sábado, das 11h às 18h, e domingo, das 16h às 20h.

Cerca de 3 mil famílias de artesãos enviaram obras para a mostra, que está dividida em nove stands e nove ambientes internos, com móveis, painéis e objetos de decoração. A idéia é sensibilizar visitantes e empresários, brasileiros e estrangeiros, para a diversidade do artesanato nordestino.

A exposição conta com peças variadas. Dos santos de barro do Piauí aos azulejos do Maranhão, passando pelos bonecos de Pernambuco, rendas do Rio Grande do Norte e peças recicladas de Alagoas. Nos ambientes regionais, cadeiras de palha, estantes de casca de côco e almofadas de couro.

“Hoje o artesanato brasileiro não é mais aquela coisa bruta, feita no mato. Estamos agregando valor. O arquiteto já está participando do design, dando a sua contribuição”, acredita um dos organizadores da exposição, Júlio Medeiros. De acordo com ele, há interesse da embaixada espanhola no Brasil em levar a mostra para a Espanha. “A integração da contemporaneidade com o artesanato é hoje fundamental no mercado e nas referências culturais. É um movimento que vem acontecendo hoje no mundo.”

 
Agência Brasil