6 de julho de 2004 - 16:44

Petróleo dispara e fecha cotado acima de US$ 39

Os preços do petróleo registraram novas altas nesta terça-feira. Em Nova York, o barril para entrega em agosto subiu 3,28% e fechou cotado a US$ 39,65. Na máxima, chegou a bater US$ 39,70, o maior valor desde o último dia 3 de junho.

Para justificar a subida dos preços, os investidores citaram preocupações com a capacidade de fornecimento na Rússia, na Nigéria e no Iraque.

Na Nigéria, a ameaça de greve no setor petrolífero também afeta a confiança dos investidores, alimentando o temor de uma diminuição na oferta mundial de petróleo.

Hoje, a Mobil Producing Nigeria, filial nigeriana do grupo americano ExxonMobil, informou que seus funcionários apresentaram um aviso de greve, enquanto que a Elf Petroleum Nigeria, subsidiária da francesa Total no país, anunciou a suspensão de sua produção, também por problemas com trabalhadores.

No fim de semana, ataques atingiram dois oleodutos no Iraque, um deles em um setor estratégico na exploração no país, próximo a Hawijat al Fallujah, 80 quilômetros ao sudoeste de Bagdá, e o outro no sul do país, que abastece o terminal exportador de Basra.

O preço do barril sofreu ainda o impacto da declaração da petroleira russa Yukos, maior do país (que é o segundo maior exportador mundial de petróleo, atrás apenas da Arábia Saudita).

A empresa petrolífera Yukos, maior da Rússia, declarou que irá suspender os pagamentos de sua dívida e que pode declarar falência, após receber do grupo de bancos liderados pelo Société Générale notificação sobre o "default" (calote) de um empréstimo sindicalizado de US$ 1 bilhão.

Os investidores temem que a produção da empresa possa afetar suas exportações. Preços mais altos, segundo analistas, podem prejudicar a recuperação econômica mundial, causando surtos inflacionários e altas de juros.

 

Brasil Online