Foi divulgado nesta quinta-feira o relatório trimestral de inflação do Banco Central. Como resultado da depreciação cambial no segundo trimestre e da escalada dos preços do petróleo no terceiro trimestre, o BC elevou as expectativas de inflação de 6,4% para 7,2% neste ano e de 4,4% para 5,6% em 2005. Houve uma aceleração da inflação no período de junho a agosto. Isso se deve ao reajuste dos preços administrados por contrato, como o da energia, e dos preços dos alimentos in natura.

O BC apontou alguns riscos para o cumprimento das metas de inflação. Um deles é o crescimento acelerado do Produto Interno Bruto, o PIB. Outro fator seria a volatilidade dos preços do petróleo e um possível reajuste, no mercado interno, dos combustíveis que, no ano, somariam 9,5%. E, por último, as expectativas de inflação futura.

O processo de recuperação da economia brasileira em curso desde o segundo semestre de 2003 registrou um patamar produtivo historicamente elevado no segundo trimestre deste ano. A recuperação foi sustentada pelo dinamismo exportador, pela expansão do crédito, pelo crescimento da renda e queda das taxas de desemprego. Segundo o relatório trimestral de inflação divulgado hoje pelo BC, a perspectiva é que esse ciclo tenha continuidade.

 

 

Terra Redação