29 de setembro de 2004 - 13:29

PNAD mostra 661 mil novos desocupados em 2003

O Brasil ganhou 661 mil novos desocupados no primeiro ano do governo Lula. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE e divulgada nesta quarta-feira. O levantamento mostra que a quantidade de pessoas sem ocupação aumentou de 7,876 milhões em 2002 para 8,537 milhões em 2003. A evolução representa um aumento de 8,4% no período.

Apesar do aumento de desocupados, o estudo aponta a criação de 1,071 milhão de novos postos de trabalho em 2003, com crescimento de 1,4% ante a base de 2002. O incremento, no entanto, foi insuficiente para acompanhar o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), cuja evolução foi de 2%.

Comparada ao levantamento anterior, a criação de empregos foi tímida no ano passado. De 2001 para 2002, a quantidade de vagas cresceu 3,6%. Já de 2002 para 2003, a evolução foi de apenas 1,4%. Entre os setores, a indústria liderou a criação de postos, com crescimento de 2,3%. Em seguida, o comércio e serviços tiveram incremento de 2,1% e a agricultura avançou 1,7%. Na lanterninha e na contramão dos outros setores, a construção viu o número de vagas cair 7,2%.

Outro item analisado diz respeito às diferenças do mercado de trabalho para homens e mulheres. A taxa de ocupação da população masculina foi de 67,2% e o indicador de desocupação ficou em 7,8%. Já entre as mulheres, a ocupação foi de 44,5% e a desocupação atingiu 12,3%. Sem a separação por gênero, a ocupação no Brasil ficou em 55,4% da população e a desocupação, em 9,7%.
 
Terra Redação