27 de setembro de 2004 - 18:00

Violência diminui em escolas com maior participação de pais

Quanto maior a participação da comunidade -sobretudo dos pais - na vida da escola, menor é o índice de violência entre os alunos. Essa é a opinião de gestores de duas escolas estaduais de Campo Grande, localizadas em regiões distintas: Urani Simplício de Oliveira, da unidade Blanche dos Santos Pereira, no bairro Tijuca I, e José Félix Filho, da Escola Estadual Rui Barbosa, no bairro Santo Antônio.

De acordo com o diretor José Félix, a escola que dirige, com 2,2 mil alunos, registra poucos casos de violência, dentro e fora do pátio, graças às ações preventivas com os alunos em geral e conciliação com os envolvidos.

Quase sempre a direção chama a família, conversa com ela e tenta resolver a situação. “Se uma briga de alunos é muito grave, trocamos o turno de estudo deles. Quanto mais os pais participam da escola, menor é a violência”, afirma o diretor.

A solução para desentendimentos e outros casos de violência na Escola Blanche dos Santos Pereira, que são poucos, também passa pela conversa e por ações preventivas. “Até hoje nunca precisamos transferir um aluno e, se há uma situação que extrapole o normal, o Colegiado Escolar ajuda a resolver”, revela a diretora, Urani.

O trabalho de prevenção à violência na escola, que tem quase mil alunos, é feito desde os pequenos, por meio de palestras de oficiais da Polícia Militar e, atualmente, com atividades de esporte, cultura e lazer.

A diretora acredita que os trabalhos e projetos desenvolvidos por escolas como a sua serão reforçados com as ações do Fórum Escolar de Ética e de Cidadania. Esta instância deverá ser criada pelas unidades que aderirem ao programa Ética e Cidadania Construindo Valores na Escola e na Sociedade.

Para o representante da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, do governo federal, Alberto Albino dos Santos, o fórum terá um caráter prático e vai funcionar “como uma assembléia democrática para resolver conflitos e construir novas relações na escola”.
 
APn