O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que assumiu a presidência do partido após a morte de Leonel Brizola, em junho, anunciou hoje que PDT e PPS estudam a formação de um bloco que constitua um núcleo independente, sem cargos no governo. O núcleo, diz Lupi, atuaria “à esquerda do PT, que hoje está ao centro”, depois da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lupi participou de um almoço em Brasília com o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (PE), para acertar a aproximação das duas legendas durante o primeiro e segundo turno das eleições de outubro. Os dois partidos vão divulgar uma nota oficial com esclarecimentos sobre a aproximação dos dois partidos.

Lupi e Freire acertaram que alianças serão feitas de forma concreta nos dois turnos. “Onde o PDT estiver bem, o PPS estará com ele e vice-versa”, declarou Lupi. As alianças devem ser feitas em Porto Alegre, Florianópolis, Rio Branco e Cuiabá.

Segundo Freire, a aproximação dos dois partidos representa uma retomada das alianças que foram estabelecidas pelas duas legendas em 2002. “Onde estamos bem, ou com perspectivas de ficarmos bem no segundo turno, estamos com o PDT”, observou Freire.

Sobre a formação do bloco, os dois presidentes não definiram data para coligação. “A bancada vai discutir”, disse Freire. “Sempre que nós estivemos juntos, fomos vitoriosos, e nós vamos avançar neste sentido. Vamos tentar discutir com nossos deputados e senadores a possibilidade de formar um bloco”, completou Lupi. De acordo com o presidente do PDT, a formação do bloco somente será definida após o pleito de outubro.

 

Agência Brasil