22 de setembro de 2004 - 08:31

Presa quadrilha acusada de clonar 200 mil celular no Brasil

Uma quadrilha internacional de clonagem de celulares, cuja base operacional funcionava no centro de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo, foi desmantelada pela Polícia Civil do Paraná. Mais de 200 mil aparelhos foram adulterados em todo o país, de acordo com as informações encontradas em um dos computadores usado pelos criminosos.

A polícia paranaense estima que o bando seja responsável por pelo menos 70% das clonagens feitas nos aparelhos das operadoras em todo o país. A principal suspeita dos policiais é que a quadrilha prestava serviços para organizações criminosas espalhadas pelo mundo, incluindo as máfias russa e vietnamita.

"Toda a parte logística da quadrilha era centralizada em Campinas. Por intermédio desta base eles tinham ramificações em outros estados brasileiros", afirma o delegado Marcus Vinícius Michelotto, chefe do Cope (Centro de Operações Especiais).

A apresentação da quadrilha foi feita na tarde desta terça-feira, na sede do Cope, em Curitiba, mas as prisões ocorreram na última quinta-feira, em seis apartamentos residenciais, no centro de Campinas. Estão presos William Wadith Zakhour, de 47 anos, apontado como o chefe do bando, a namorada dele, Mariana Ferreira Cardoso da Silva, de 25; o irmão dela, Abrahão Correia da Silva Filho, de 32; Rosa Soares de Oliveira Gomes e o vietnamita Tran Van Quang, ambos de 46.

Segundo o delegado Michelotto, a quadrilha vinha agindo há pelo menos cinco anos no Brasil e no exterior. Em 2001, Zakhour havia, inclusive, sido condenado a 6 anos e 3 meses, pelo mesmo crime, pela Justiça Federal de Garapuava, no Paraná, e na Bolívia. O delegado conta que o chefe da quadrilha pode ser de origem árabe, por causa de seu sotaque, mas os documentos dele apontam que nasceu em Espírito Santo dos Pinhais, no Paraná.


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