6 de setembro de 2007 - 12:18

Futuro de Calheiros será decidido em sessão secreta

A sessão marcada para quarta-feira da semana que vem para a votação do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve ser inteiramente fechada. O artigo 197 do regimento interno da Casa determina sessões sigilosas obrigatoriamente, quando o Senado tiver de se manifestar sobre os seguintes casos: declaração de guerra, acordo sobre a paz, perda de mandato ou suspensão de imunidade de senador durante o estado de sítio e escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente.

O fato, avaliam os parlamentares, deve beneficiar Calheiros, já que a sessão secreta facilita o voto de "traidores" da oposição. Com a reunião fechada, o peemedebista também acredita que deve contar com o voto dos senadores do PT. E apesar dos três votos contrários dos senadores do partido ontem no Conselho de Ética, Calheiros afirmou nesta quinta-feira que não se sentia traído.
 
"O PT sempre teve e sempre terá um comportamento de aliado que é um comportamento proporcional ao comportamento que eu sempre tive com eles, de modo que minha relação com o PT nunca esteve tão bem como está agora", disse.
 
Um dia após o Conselho aprovar o processo por quebra de decoro, Calheiros mostrou ainda confiança. "Vamos ganhar porque a verdade sempre ganhou".
 
O presidente do Senado negou que vá fazer corpo a corpo com os senadores durante o feriado de 7 de setembro. "Não preciso conversar muito com ninguém. Vou apenas distribuir um memorial que comprove a verdade que proclamei o tempo todo e eles vão decidir de acordo com as suas consciências", afirmou.