Mesmo com a determinação do corte de ponto pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília (DF), os fiscais federais agropecuários de Mato Grosso do Sul vão permanecer em greve por tempo indeterminado até que o governo federal apresente uma contraproposta aceitável. A paralisação foi retomada no dia 28 de agosto acompanhando o movimento nacional.

Os trabalhadores estão atendendo à liminar da Justiça Federal que estabelece que 60% do efetivo atue nos frigoríficos, portos e aeroportos e fronteiras, e outros 30% nas demais atividades. A Affama/MS (Associação dos Fiscais Federais Agropecuários de Mato Grosso do Sul) informou que na terça-feira passada a comissão grevista nacional se reuniu com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, mas não obteve resultado positivo, pois a proposta apresentada por ele foi a mesma utilizada pelo governo no dia 28 de agosto, quando a categoria se recusou a negociar alegando que os dados relacionados ao valor do salário e das gratificações eram desconhecidos.

Segundo a Affama/MS, os percentuais de aumento que o governo propôs de repassar nos próximos três anos não batem com o total solicitado. Por exemplo, antes ele havia colocado que seria 6,3% em 2008, e 13,1% em 2009. Agora são 12,4% e 16,3% para os mesmos anos, mas que somados não dá os 45% reivindicado por nós. Sem contar que eles não discriminaram nenhum percentual para 2010 como também havia sido combinado.

O setor frigorífico do Estado espera que os fiscais retornem ao trabalho o quanto antes para evitar mais transtornos para as indústrias. De acordo com o setor, em algumas plantas houve redução de 15% no abate de animais e que outras alternativas estão sendo usadas para minimizar os efeitos da paralisação, como o atendimento ao mercado interno e estoques.

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