A juíza Eucélia Moreira Cassal, da 2ª Vara Cível de Jardim, determinou nesta quarta-feira que oficiais de Justiça verifiquem a atual situação da Fazenda Meira Fernandes, localizada no município de Jardim, que foi invadida sábado passado por 300 sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar).

Segundo a magistrada, a verificação in loco é necessária para dar celeridade ao pedido de reintegração de posse feito pela advogada Janet Mariza Ribas, que representa a Meira Fernandes Agropecuária Lucrativa Ltda., de São Paulo (SP), proprietária da área invadida. A juíza determinou que os oficiais de Justiça indiquem o local ocupado pelos sem-terra dentro da propriedade e número aproximado de invasores, sendo que os dois oficiais de Justiça deverão contar com apoio da Polícia Militar de Jardim.

O gerente da Fazenda Meira Fernandes, Valmir Manari Osório, que acionou a Polícia Civil e cobrou providências para a desocupação da área que fica às margens da BR-060, na região chamada de Boqueirão Velho, relatou que os manifestantes chegaram em vários veículos e começaram a instalar cerca de 100 barracos na fazenda. Ele revelou que o proprietário da fazenda, Donizete Meira Fernandes, tem cerca de seis mil cabeças de boi das raças nelore e pardo-suíço na área e os sem-terra teriam instalado barracas na área destinadas ao nascimento dos animais, o que já vem causando prejuízo porque aumentou o número de matrizes que abandonam os bezerros.

Os sem-terra chegaram à fazenda em um caminhão Mercedes Benz, duas caminhonetes, além de veículos de passeio, como Passat, Fusca e um Gol, sendo que outros também estavam em motocicletas ou em carroças. Ao chegar ao local, eles começaram a montar os barracos e hastearam duas bandeiras, sendo uma do MST e outra da Fetagri.

 

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