4 de setembro de 2007 - 13:30

Árbitros de MS ficam em última colocação em avaliação da CBF

Os árbitros de Mato Grosso do Sul ficaram em último lugar em avaliação feita pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Dos 416 árbitros e auxiliares de todo o País que participaram das provas, 36 deles foram afastados pela Comissão de Arbitragem, sendo considerados “reprovados para o restante das competições” e não trabalham mais em jogos organizados epla CBF em 2007 (sérias A, B e C).

Segundo reportagem publicada hoje no Estadão, os árbitros de Mato Grosso do Sul obtiveram média de 5,50, ficando atrás de Amazonas (5,61), Bahia (5,63) e Mato Grosso (5,72). Os juízes e bandeirinhas de Santa Catarina, que está longe de ter um campeonato estadual forte, obtiveram a melhor média da prova da CBF: 8,87.

São Paulo aparece em segundo lugar, com 8,83. Goiás ficou com a terceira melhor nota, 8,73. Foram os únicos três estados com média superior a 8. Em seguida aparecem Minas Gerais (7,87) e Pernambuco (7,12). O Rio de Janeiro aparece em 18ª posição, com nota média de 6,13. O Mato Grosso do Sul está em último lugar, com 5,50, atrás de Amazonas (5,61), Bahia (5,63) e Mato Grosso (5,72).

Além dos 36 árbitros e auxiliares afastados, outros 60 juízes e bandeirinhas (14,4%), que tiraram notas entre 5 e 5,5, acabaram afastados dos sorteios. E só poderão voltar a trabalhar se conseguirem uma nota superior a 7 na próxima avaliação, a ser realizada na próxima semana.

Apenas um quarto dos árbitros e auxiliares (24,9%) conseguiu aprovação com notas entre 6 e 6,5, o que os permitirá seguir atuando normalmente. Mas também terão de conseguir pelo menos 7 na próxima avaliação.

Somente 45,1% do total, portanto menos da metade, tirou nota 7 ou acima. Ainda não estão computadas as notas dos Estados do Acre e do Amapá, que representam 7% do total .

A prova, realizada em agosto, continha 20 questões de múltipla escolha, com quatro alternativas de resposta, sobre regras do esporte. O pior do levantamento é que as perguntas não eram nada complexas, coisas do tipo qual a distância entre a marca do pênalti e a linha de fundo, o tempo de intervalo de uma partida oficial e o que configura um impedimento. Nem assim a maioria dos juízes soube responder corretamente.

A apuração da CBF sai num momento em que muitos times questionam a qualidade dos árbitros e auxiliares do Campeonato Brasileiro. Quase não há equipe que não tenha se sentindo prejudicada em algum momento da competição.

O presidente interino da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa da Silva, não foi localizado para comentar os resultados da avaliação. Seu celular estava desligado e os recados gravados pela reportagem não foram respondidos.

O gaúcho Renato Marsiglia, também ex-árbitro e hoje comentarista, afirma que as falhas estão na base. "O árbitro é mal formado nas federações estaduais. A situação é preocupante'' comenta. "Os bons árbitros estão concentrados em poucos lugares, justamente onde o futebol é melhor. "Mas, segundo o Estado apurou, a realidade não é bem essa. Os juízes e bandeirinhas de Santa Catarina, que está longe de ter um campeonato estadual forte, obtiveram a melhor média da prova da CBF: 8,87.

 

 

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