3 de setembro de 2007 - 15:09

Promotor que estuprou funcionária de 16 anos pode ser demitido

 

O procurador-geral de Justiça da Bahia, Lidivaldo Britto, vai pedir na tarde desta segunda-feira a demissão do promotor Marcos Antonio da Silva Gonzaga, do Ministério Público Estadual (MPE). O promotor foi condenado em maio do ano passado a nove anos e meio de prisão, por estupro e ameaças de morte contra uma adolescente do município de Itaberaba, na Chapada Diamantina, em 2002.

A vítima de Gonzaga é uma adolescente de 16 anos. Ela foi convidada pelo promotor para trabalhar como sua auxiliar e acompanhá-lo nas viagens. Numa delas, a garota foi violentada. O promotor colocou a jovem para trabalhar como babá em sua residência e manteve os abusos sexuais durante sete meses. A adolescente engravidou e acabou abortando.

O promotor recebeu o salário normalmente, um valor superior a R$ 10 mil, até 2005, quando foi afastado das funções. A partir de então, passou a ganhar cerca de R$ 4 mil.

Há também a denúncia de envolvimento no roubo a uma agência do Banco do Brasil, no município de Assaré (CE), onde mora a família da mulher de Gonzaga, também promotora de Justiça. O promotor está foragido e, desde a condenação, vem tentando a anulação do processo por meio dos recursos em esferas superiores da Justiça.

Gonzaga é processado ainda por uma magistrada de Itaberaba, que alega ter sido agredida em sua honra pelo promotor. Ele chegou a ser afastado da atividade por mais de um ano, quando trabalhava na comarca de Lençóis, também por mau comportamento.