O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou à Justiça nesta quarta-feira (29), em Miranda, nove pessoas por quadrilha, peculato, corte ilegal de madeira de lei, entre outros crimes. O processo envolve o presidente da Câmara de Vereadores de Miranda, João Vieira da Silva (PT) e um sargento da Polícia Militar.

Quatro dos nove citados pelo MPE foram presos temporariamente, e a prorrogação da prisão foi deferida pela 2ª Vara da Comarca de Miranda.

Detalhes

Segundo o MPE, as pessoas formavam uma quadrilha especializada na extração ilegal de madeira. Os denunciados teriam se associado para a prática de crimes ambientais no Assentamento Bandeirantes, e utilizavam funcionários e máquinas pertencentes à prefeitura de Miranda.

João Vieira, proprietário de um lote no assentamento, e seus irmãos Antônio e José, associaram-se com alguns assentados, também proprietários de lotes naquele lugar, para extrair e comercializar madeira de lei sem autorização. Angico, ipê, peroba e aroeira eram as espécies cortadas ilegalmente pela quadrilha, segundo o MPE.

O presidente da Câmara teria cometido os crimes na época em que era secretário de Agricultura do município. O serviço de extração ilegal era realizado pelos próprios funcionários públicos, e as toras ficavam armazenadas ora na propriedade de João Vieira, ora no galpão da secretaria.

Os irmãos Vieira eram auxiliados pelo Sargento PM Joceni, que negociava ou intermediava grande parte da madeira ilegal. A quadrilha ainda contava com o apoio de um assessor especial da Câmara dos Vereadores.

TV Morena