21 de setembro de 2004 - 14:09

Caso de fraude ao INSS tem 32 inquéritos e 90 indiciados

A Polícia Federal de Dourados deve concluir na quinta-feira as investigações sobre casos de fraudes contra o INSS (Previdência Social) em Glória de Dourados, a 274 km de Campo Grande. Segundo o delegado, Rubens Lopes da Silva, 32 inquéritos foram instaurados e pelo menos 90 pessoas já foram indiciadas de um total de 160 oitivas, entre elas, estão seis dos sete vereadores da Câmara Municipal da cidade, fazendeiros e um ex-prefeito. O delegado afirmou que os beneficiados com a fraude vão responder na Justiça por uso de documento falso. Já os articuladores da fraude, dependendo do grau de envolvimento, podem ser processados por crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha e estelionato.
Desde a semana passada, a PF está na cidade e já realizou cem audiências. O delegado da PF, Rubens Lopes da Silva, disse que pessoas influentes, como os políticos, utilizavam-se da boa fé de produtores rurais para conseguir documentos falsos. A fraude funcionava da seguinte forma: pessoas, geralmente trabalhadores rurais, que tiveram os benefícios recusados pelo INSS, na esfera administrativa, eram orientados a entrar com recurso em juízo usando outros documentos. Estes, conforme o delegado, eram falsos conseguidos por meio de produtores rurais que forneciam certidões falsas para ajudar as pessoas que precisavam se aposentar. O delegado afirmou que eles não tinham a consciência do crime. Os casos, conforme Rubens Lopes da Silva, beneficiava com a aposentadoria no valor de R$ 260,00 mensais. Um caso em especial foi de um empresário que se fez passar por produtor rural para conseguir o beneficio.
Para o delegado, este tipo de fraude tem extensão também em outros municípios da região. Após o período eleitoral, as investigações da Polícia Federal seguem para Deodápolis, onde 22 inquéritos estão instaurados. Na seqüência, as investigações seguirão para Dourados.
 
 
Campo Grande News