31 de agosto de 2007 - 09:25

Bloco de Esquerda deve sair com Ciro em 2010

Ciro Gomes deve ser o candidato do chamado Bloco de Esquerda à Presidência em 2010. A avaliação é do líder do grupo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Paulinho, deputado pelo PDT-SP e presidente da Força Sindical, avalia que os seis partidos que integram o bloco (PDT, PCdoB, PSB, PHS, PMN e PRB) precisam criar uma base forte nos municípios em 2008:

- É uma tentativa de a gente sair mais fortalecido para que, em 2010, o bloco tenha um candidato único

Na próxima segunda-feira as legendas farão o lançamento oficial do bloco em São Paulo. Paulinho, já pré-candidato à Prefeitura paulistana, diz que ainda não está definido como fechar consenso em torno de um só nome para as eleições municipais:

- Para São Paulo tem quatro candidatos. O Aldo, do PCdoB, a Erundina do PSB, a Zulaiê pelo PHS e eu pelo PDT

Para 2010, o líder do bloco descarta o próprio nome, lembra que Cristovam Buarque também tem força pelo PDT, mas pondera que Ciro, atualmente deputado pelo PPS-CE, é a possibilidade mais concreta:

- A tendência é o Ciro sair em melhores condições em 2010

Leia a entrevista com Paulinho:

Terra Magazine - Qual é a intenção do Bloco de Esquerda?
Paulinho da Força - Na Câmara Federal já existe uma atuação conjunta desde o início da Legislatura. No primeiro semestre o líder do bloco foi o Márcio França, do PSB, e agora, no segundo semestre, serei eu.

E o ato de segunda-feira, o que será?
Nós estamos lançando o bloco em vários estados. Estamos trabalhando com a idéia de que o bloco vá para as eleições de 2008 conjunto. A idéia é que onde tiver candidato de um partido e tenha mais chance, a gente trabalhar para uma candidatura única do bloco.

Para São Paulo quem seria o nome?
Bom, para São Paulo tem quatro candidatos. O Aldo, do PCdoB, a Erundina do PSB, a Zulaiê pelo PHS e eu pelo PDT.

Mas como será definido isso?
Nós estamos discutindo, não temos uma fórmula. A idéia é que aquele que se sair melhor em pesquisas, tiver melhores condições de crescer, ganhar a eleição ou disputar, pelo menos, será o candidato. A idéia é lançar nos estados e trabalhar para que haja uma candidatura única, não é uma coisa obrigatória. É uma tentativa de a gente sair mais fortalecido para que, em 2010, o bloco tenha um candidato único.

A intenção é a presidência, então?
É. Por exemplo, cada cidade tem lá seus problemas locais e dificilmente a gente vai reproduzir essas alianças, mas é uma tentativa. A idéia é fazer um grande número de prefeitos e vereadores no Brasil inteiro nas próximas eleições.

A acusação de irregularidades durante a campanha do sr. surgir nessa hora é coincidência?
Aquilo ali é uma coisa da eleição passada. Na verdade, eu ganhei em São Paulo e o Ministério Público recorreu em Brasília. É um procedimento normal do Tribunal.

Mas isso vai para frente?
Não vai, porque são coisas muito simples que aconteceram na minha campanha. Por exemplo: subir no carro de som. Eu subi no carro de som normalmente na minha campanha, agora, vou saber se o carro de som é do sindicato? Tem outro processo porque eu entrei numa Câmara de Vereadores. Outro é de uma pesquisa do Ibope. Só que deputado federal não faz pesquisa do Ibope. Nós tínhamos uma dívida com o Ibope, o partido pagou, e o Ibope, não sei por que, mandou a conta pra mim. Mas o juiz sabe que deputado não faz pesquisa. São exageros.

Uma das idéias do bloco, então, é ter um nome para 2010. Você pensa em se candidatar?
Não, não penso, não.

Quem do bloco está mais forte, então?
No PDT tem o Cristovam Buarque, que foi candidato, o PSB tem o Ciro Gomes... Eu acho que a tendência é o Ciro ser o mais forte para ser candidato à Presidência. O Cristovam vem trabalhando também, tem andado o Brasil, mas acho que a tendência é o Ciro sair em melhores condições em 2010.

 

 

Terra Redação