29 de agosto de 2007 - 09:36

Ricos gastam dez vezes mais que os 40% mais pobres, diz IBGE

 

A pesquisa IBGE Perfil das despesas no Brasil, baseado na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003) e que traça um perfil das despesas e rendimento segundo características da pessoa de referência, tais como inserção no mercado de trabalho, escolaridade, idade, sexo, cor e raça e religião mostra que a distribuição irregular da riqueza no País foi confirmada, observando que 40% das famílias com menos rendimentos (até R$ 758,25) possuíam, em 2003, uma despesa per capita de aproximadamente R$ 180,00, enquanto as 10% mais ricas (igual ou maior que R$ 3.875,78) tinham despesa per capita de R$ 1.800,00, ou seja, a distância média entre mais ricos e mais pobres era de 10 vezes.

De acordo com a Pesquisa, o setor de habitação, por exemplo, respondeu por 35,5% do gasto total das 48,5 milhões de famílias estimadas na POF, seguido de alimentação (20,75%), transporte (18,44%), assistência à saúde (6,49%) e educação (4,08%). A despesa média mensal das famílias onde a pessoa de referência era branca foi de R$ 2.262,24, 25% superior à média nacional (R$ 1.794,32).

Naquelas onde o chefe era preto, de R$ 1.245,09, e pardo de R$ 1.232,62. Do ponto de vista da religião, o maior rendimento médio mensal foi encontrado em famílias com pessoa de referência espírita (R$ 3.796,00), e o menor em evangélicos pentecostais (R$ 1.271,00). Segundo a escolaridade, famílias onde os responsáveis tinham 11 ou mais anos de estudo tinham renda mais elevada (R$ 3.796,00). Nas com menos de um ano de instrução, ela foi aproximadamente cinco vezes menor (R$ 752,00). As famílias das áreas urbanas gastaram mais do que as rurais, o que ocorreu para todas as características investigadas.

 

 

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