Pelo menos sete pessoas acusadas de aplicar golpes em concursos da Mega-Sena foram presas pela Policia Federal, nesta terça-feira, em diferentes pontos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Cerca de 40 agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF foram mobilizados para promover a Operação Jogo Sujo.
Segundo o delegado Oswaldo Scalezi Júnior, as investigações duraram três meses e constataram que o grupo comprou a casa lotérica Toque de Midas, na rua Conde de Bonfim, no bairro da Tijuca, na zona norte da capital fluminense. O grupo emitia bilhetes sem pagar pelo jogo à Caixa Econômica Federal (CEF) e, devido à alta quantidade de apostas, acabava sendo sorteado. "No último final de semana, eles emitiram R$ 5 milhões em bilhetes ganharam vários prêmios", destacou o delegado.

De acordo com a PF, a lotérica foi adquirida pelos estelionatários em junho e os fraudadores foram premiados em pelo menos dois concursos daquele mês, o 876 e o 877. Segundo as investigações, a quadrilha fez em junho 652 jogos, apostando quinze dezenas em cada um. O grupo acertou 19 apostas de cerca de R$ 7,5 mil por prêmio, totalizando em torno de R$ 142,5 mil.

O número de jogos feitos pela quadrilha em julho e agosto e as apostas premiadas nesse período ainda não foram divulgados pela polícia. Os investigadores também não informaram se os prêmios foram ou não sacados pelos fraudadores.

A assessoria da Caixa Econômica Federal informou que o golpe foi identificado pelas áreas de loterias e segurança do golpe, que imediatamente acionou a Polícia Federal. Os apostadores não foram prejudicados, segundo a CEF.

Ainda de acordo com Scalezi, com as sete prisões outros suspeitos podem ser identificados e detidos nos próximos dias. A Polícia Federal realizou buscas nesta terça-feira nos bairros cariocas de Santa Cruz, Campo Grande, Jacarepaguá, Copacabana e Vicente de Carvalho, além dos municípios de Belford Roxo e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

 

 

Terra Redação