28 de agosto de 2007 - 10:24

Beira-Mar deve se casar em cerimônia religiosa no dia 20

20 de setembro. Essa é a data prevista do casamento de Luiz Fernando da Costa com Jacqueline Alcântara de Morais, namorada dele há cerca de 15 anos. A noiva irá se casar no civil, por meio de procuração, no Rio de Janeiro e posteriormente, terá a cerimônia religiosa no presídio federal de Campo Grande, para onde o traficante carioca foi transferido desde o dia 25 de julho.

A cerimônia religiosa já foi autorizada pelo Departamento Penitenicário Nacional (Depen) e depende ainda do registro civil, que será feita por procuração, assinada por Beira-Mar no início de agosto. O advogado Edir Nascimento disse que ainda existem algumas pendências nos proclamas, mas que a data – prévia – foi escolhida. “Se tudo der certo eles se casam no dia 20 de setembro”, conta.

Jacqueline tem visitado regularmente o noivo, viajando 1.535 quilômetros de carro, algumas vezes, uma vez por semana. Nascimento diz que não sabe se a futura esposa de Beira-Mar tem intenção de montar uma residência em Campo Grande, a exemplo que fez em Catanduvas (PR), durante o período em que o traficante esteve no presídio federal daquele município. “Ela trabalha no Rio de Janeiro, mas por questão de economia, para não ficar sempre em hotel, é uma possibilidade”, avaliou o advogado.

Beira-Mar está detido em estabelecimento federal desde o dia 19 de julho de 2006, sendo levado da superintendência da Polilcia Federal do Rio de Janeiro para Catanduvas. No dia 25 de julho desse ano, o traficante foi transferido para o estabelecimento de Campo Grande (MS). A defesa tenta levá-lo para a unidade prisional de origem, o Bangu I, para onde foi levado quando foi recapturado no dia 19 de abril de 2001, em Marandua, Departamento de Vichada, na Colômbia.

Luiz Fernando da Costa já foi condenado a 21 anos de prisão pelo tráfico de 104 quilos de cocaína, em processo finalizado em maio de 1996, em Cabo Frio (RJ). Em 1997, mais 12 anos de prisão pelo tráfico de quatro quilos de cocaína, em Belo Horizonte (MG). Em Mato Grosso do Sul, Beira-Mar responde a dois processos, um na Justiça Estadual, em que é acusado de ser mandante da morte de João Morel, em briga que seria originada pelo controle do tráfico na fronteira, e na Justiça Federal, por lavagem de dinheiro, crime que envolveria quantia de R$ 12 milhões.

O processo de lavagem de dinheiro contra Beira-Mar foi iniciado a partir de uma agenda dele encontrada com Jacqueline Alcântara, quando ela foi presa na Colômbia, em fevereiro de 2001, antes do noivo. Ela já foi condenada a quatro anos de prisão por associação ao tráfico, mas nega envolvimento com o crime. Atualmente, Jacqueline responde a dois processos no Rio de Janeiro por crime tributário.