24 de agosto de 2007 - 15:43

Sistema penitenciário realiza exame do Enem no domingo

Pelo segundo ano o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul realiza, nas extensões de ensino da Escola Pólo “Regina Lúcia Anffe Nunes Betine”, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece no próximo domingo (26) às 12h, com a participação de 100 inscritos, sendo 36 da capital e 64 do interior, atingindo 16 estabelecimentos penais de regime fechado.

        Apesar de ter uma população carcerária de baixa escolaridade, com apenas 13% que possuem o ensino médio incompleto e/ou completo, houve até agora um aumento de 40% na procura de reeducandos para participar do exame em relação a 2006. O dado é considerado bastante positivo para a avaliação do sistema penitenciário porque reflete o interesse dos concluintes do ensino médio em avaliar suas competências e habilidades.

        O exame será coordenado pela Escola Estadual Pólo Professora Regina Lúcia Anffe Nunes Betine e as provas serão aplicadas pelos docentes, com o apoio dos técnicos penitenciários de cada unidade penal.  São eles que também vão  operacionalizar as medidas de segurança para viabilizar a movimentação e acesso do apenado às salas de aula.

        Como parceira da educação nas prisões, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) vem fomentando e impulsionando este projeto pedagógico.  Ao investir na escolarização básica do reeducando, é possível contribuir para um retorno à sociedade com maior atenção ao mercado de trabalho, possibilitando assim chances reais de sucesso.

        Para o diretor-presidente da Agepen, Hilton Villasanti Romero, ações como estas são de extrema necessidade para que os reeducandos e reeducandas trilhem um caminho diferente daquele que seguiram no passado. “Parcerias e projetos que trazem melhorias para o sistema prisional serão sempre valorizados na instituição”, salienta.  Villasanti disse ainda que, com o apoio do governador André Puccinelli e do secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, espera fazer da Agepen um modelo de instituição para outros Estados, principalmente no que tange ao respeito e dignidade dos internos.

 

 

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