23 de agosto de 2007 - 09:42

Famílias gastam 11% mais com alimentos e produtos do lar

Os gastos das famílias avançaram 11% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período de 2006, indicando que as famílias consumiram e pagaram mais pelos produtos para abastecer o lar. Individualmente, o consumo dos brasileiros cresceu 6%. O crescimento da massa salarial e a ampliação na oferta de crédito estão entre os motivos para a alta.

Os dados constam de estudo da LatinPanel e inclui produtos das cestas de alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza.

Segundo a pesquisa, a classe C (famílias com renda mensal entre quatro e dez salários mínimos) foi o motor do consumo no semestre. Os lares desse estrato social, que representa 33% da população e 35% do consumo, ampliaram em 3% o volume médio comprado.

Já as famílias das classes AB e DE registram 1% de expansão. A Classe C também foi a que mais ampliou os gastos (7%), contra 6%, na classe AB, e 4%, na DE.

Segundo o levantamento, o número de famílias da classe C que passaram a consumir com regularidade as categorias monitoradas pela LatinPanel também registrou evolução de 3 pontos percentuais, o que significa 435 mil domicílios a mais indo às compras. Nas classes AB e DE, a expansão foi de apenas 1 ponto percentual, no mesmo período, ou seja, aproximadamente 99 mil e 295 mil domicílios a mais, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior aumento de volume comprado no primeiro semestre foram as bebidas à base de soja, com alta de 25%, os iogurtes, 25%, os sucos prontos, 16%, molho de tomate,13% e sopas instantâneas, 9%. Em contrapartida, os itens que registram maiores quedas de volume foram os pães (-15%), água mineral (-8%), colônias (-7%), café solúvel (-6% ) e leites (-5%).

A pesquisa também apurou os produtos que ampliaram o número de domicílios compradores. Lideram a lista os iogurtes e o requeijão com alta de 7 pontos percentuais cada, o queijo petit suisse (6 pontos), o creme de leite e o molho de tomate (5 pontos cada). Na outra ponta, registraram queda no número de domicílios compradores os desodorantes, os pós shampoos e a farinha de trigo, todos com retração em 1 ponto percentual.