23 de agosto de 2007 - 09:06

Ibama apura contaminação de água no assentamento Itamarati

Dez meses depois das denúncias, técnicos do Ibama estiveram nessa segunda-feira (20) em Ponta Porã para apurar se houve contaminação ambiental no assentamento Itamarati. Na época, havia embalagens de agrotóxicos jogadas próximas a um rio.

Durante a visita, os técnicos do Ibama de Campo Grande e Brasília encontraram produtos contrabandeados e armazenagem inadequada. Eles passaram mais de oito horas na fazenda Itamarati. Durante a visita, constataram inúmeras irregularidades. Além do armazenamento inadequado de embalagens de agrotóxicos, também foi comprovado o contrabando.

Foram encontradas inúmeras embalagens em um dos lotes da fazenda. O produto agrícola provavelmente foi comprado no Paraguai. “Não tem onde devolver essa embalagem, então fica difícil a destinação. Neste caso da fazenda Itamarati, que é de propriedade do governo federal, o Ibama vai tomar todas as providências para que o Incra corrija esses danos ambientais que vem ocorrendo”, explica o técnico ambiental Ramiro Juliano da Silva.

O Incra também foi autuado e deve fiscalizar a retirada das embalagens. A denúncia foi feita no ano passado. A Secretaria Estadual de Vigilância Epidemiológica e Sanitária vistoriou o local, e foram encontradas embalagens em uma área isolada da fazenda Itamarati II. Os produtos tinham data de fabricação do ano de 2000.

Na época, o Conselho Municipal de Saúde recebeu uma denúncia dizendo que uma criança ficou doente depois de tomar banho no rio da fazenda. Desde então as denúncias não param de chegar ao órgão, e já passam de 100.

“Geralmente as pessoas vem com afecções compatíveis com alergias, ou com outras coisas que podem ser decorrentes de contaminação ambiental”, afirma o presidente do conselho, José Carlos Miranda Corrêa.

A embalagem apreendida vai servir de prova no processo criminal para apurar as denúncias. No Incra ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. O arrendatário do lote foi autuado e deve pagar multa de R$ 500 por embalagem irregular.

 

 

TV Morena