17 de agosto de 2007 - 10:40

Mulheres passam a ter "tripla jornada" neste século, diz IBGE

O crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho reproduz a "dupla jornada", quando elas dividem a vida profissional com o cuidado de afazeres domésticos. Mas a carga não pára por aí.

Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta sexta-feira, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2001 e 2005, não somente as crianças dependem das mulheres (no caso mães), mas também grande parte dos idosos, dando origem, no século 21, a chamada "tripla jornada".

De acordo com o levantamento, o cuidado com os idosos se constitui em uma atividade feminina e, à medida que a idade avança, a atenção com eles também aumenta. O IBGE diz que a "tripla jornada" é gerada por mudanças significativas na distribuição do tempo das mulheres com o cuidado pessoal e o lazer, além da absorção das horas com o mercado de trabalho e atenção com a família.

O levantamento diz que a crescente participação feminina no mercado de trabalho não isentou as mulheres nem reduziu a jornada delas com os afazeres domésticos. A carga semanal delas supera a dos homens em quase cinco horas.

O estudo também afirma que há desvantagem em relação às mulheres não apenas com as horas de trabalho, mas também com a dificuldade de conciliar suas atividades profissionais e familiares. A baixa oferta de aparato social como creches, dificulta mais a participação delas em ambientes profissionais.

 

 

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