16 de agosto de 2007 - 05:03

Barrichello se diz otimista com as mudanças na Honda

Rubens Barrichello não tem responsabilidade alguma pelo fraquíssimo desempenho da Honda no Mundial de Fórmula 1. A culpa seria do modelo RA107, por causa de cálculos errados realizados na túnel de vento da equipe japonesa. Assim informaram especialistas locais, depois de Barrichello visitar a fábrica da Honda, na cidade inglesa de Brackley, onde teve uma reunião "muito positiva e estimulante" com os dois novos responsáveis técnicos do time, Loic Begois e John Owen.

"Ambos me causaram uma ótima impressão e me disseram o que eu queria escutar, ou seja, que no túnel de vento foram incorporados dados equivocados, tanto para a projeção quanto para o desenvolvimento do automóvel atual, o que explica porque é tão ruim", declarou Barrichello.

Depois de expressar sua confiança no novo time técnico, fruto de uma total reestruturação da escuderia, Barrichello revelou que já estão trabalhando para corrigir os erros cometidos, mas descartou "que possam ser resolvidos em pouco tempo". Segundo Barrichello, "com uma nova regulagem dos dados no túnel de vento, serão introduzidas modificações estruturais no veículo, que seguramente darão bons resultados, embora não devam sair antes de um mês".

O piloto destacou que agora a equipe começou a caminhar da direção certa: "Infelizmente, nada poderá ser feito para resgatar um ano perdido, mas o importante é que nos demos conta de onde erramos", afirmou.

Tanto Barrichello como seu companheiro Jenson Button renovaram seus contratos com a Honda, em um reconhecimento público de que não são eles os culpados pela péssima performance que a escuderia japonesa vem apresentando. Button conquistou apenas um ponto, fruto de seu oitavo lugar no Grande Prêmio da França, enquanto o brasileiro não obteve nenhum ponto, sendo sua melhor performance o nono lugar no GP da Grã-Bretanha.

Antes da chegada de Begois e Owen, toda a equipe técnica da Honda tinha sido afastada de suas funções e tinha se dado por terminada a tarefa do diretor-geral, o brasileiro Gil de Ferran, ex-piloto da Penske na Fórmula Indy.
 
 
 
Estadão