O talão de cheque está ficando ultrapassado. Nesta década o uso do cartão de crédito dobrou no país, e só nos últimos três anos o uso do cartão de débito aumentou 40%. Em Mato Grosso do Sul, comerciantes e consumidores encontram vantagens no dinheiro de plástico.

Sempre aparece a dúvida: pagar com cheque ou cartão? Élika Yamada já escolheu. “O cheque é limitado, a quantidade de folhas, e o cartão é realmente por causa do prazo”, explica. E a atitude dela não é isolada.

Levantamento feito pelo Banco Central (BC) revela que, nos últimos seis anos, o uso do cheque caiu 35%. No ano 2000 eram 2.6 bilhões de cheques compensados. Em 2006 este número caiu para um 1.7 bilhão.

O consumidor diz que aposta mais no pagamento com cartão por causa da segurança. “Esse cheque circula na praça e a gente não sabe na mão de quem vai parar”, diz o funcionário público João Silva.

O comerciante também prefere o dinheiro de plástico. “Para a empresa é melhor, é uma venda garantida e segura”, conta o gerente Miguel Antunes.

O consumidor não está trocando o cheque pelo cartão só pela segurança. Segundo os economistas, evitar o uso de cheques também fica mais barato na hora da compra. “Quando o consumidor começa a emitir folhas de cheque para efetuar pagamentos ele já está tendo custo com essas folhas. No cartão ele pode dividir em várias parcelas até, dependendo do estabelecimento, em cinco ou seis vezes sem acréscimo e sem juros, e o cartão se torna mais viável”, explica o economista Dílson Tadeu Auerswald.

Mas é preciso cautela para não pagar a dívida do cartão com atraso. Os juros são altos: chegam a 12% ao mês.

TV Morena