O Sindicato das Escolas Particulares (Sinep) questiona a obrigatoriedade das disciplinas de Sociologia e Filosofia no currículo do Ensino Médio, que será cobrada de todas as instituições do País a partir do próximo dia 21.

Os dois conhecimentos eram - e ainda são, em muitas escolas - tratados como conteúdos transversais, ou seja, matérias exploradas por outras disciplinas, como Literatura e História. "Agora devem ser disciplinas próprias", reitera a diretora de políticas públicas do Ensino Médio do Ministério da Educação (MEC), Lúcia Lodi.

 

A norma foi instituída por resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) em 16 de agosto de 2006 e o prazo termina dentro de 10 dias. Os conselhos estaduais de Educação farão a fiscalização.

"Ninguém cria disciplina em agosto. Houve abuso de competência. Não sou contra Filosofia e Sociologia, mas o CNE não tem autoridade para criar disciplinas", afirmou o presidente do Sinep do Rio de Janeiro, Edgar Flexa Ribeiro.

 

As duas disciplinas já fazem parte da grade curricular da rede pública de ensino do estado. A secretaria de Educação informou que, em maio, mais 174 professores dessas matérias foram contratados como temporários.

 

Os professores da rede pública municipal vão parar por 24 horas na quarta-feira, reivindicando 30% de aumento e o fim do sistema de aprovação automática. Mestres do Estado marcaram para quarta e quinta-feira a greve em protesto contra os baixos salários. Eles pedem 26% de reajuste.