8 de agosto de 2007 - 16:13

BNDES quer financiar investimentos em MS

Um programa do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de incentivo a ações de responsabilidade social empresarial pode financiar investimentos em Mato Grosso do Sul.

O diretor de Áreas de Inclusão Social e de Crédito do Banco, Elvio Lima Gaspar, relatou neste fim de semana em Bonito, que existe uma linha de crédito para programas que minimizem impactos sociais negativos da implantação de grandes empresas, como a favelização. No Rio de Janeiro e em Pernambuco já existem projetos em andamento.

Respondendo a questionamento do secretário de Habitação de Mato Grosso do Sul, Carlos Marun, Elvio Gaspar disse que é possível o banco contribuir na questão da expansão das usinas no Estado. Elvio citou a existência de financiamento com juros baixos (somente TJLP) para programas de redução do efeito que um grande empreendimento causa no território onde é instalado.

“Grande parte da mão-de-obra usada pra implantação de um grande negócio não é aproveitada na operação. Muitas vezes esses trabalhadores permanecem na região, sem emprego, sem habitação”, ele relatou. O financiamento para ações de responsabilidade social visa prevenir essa situação, para que o projeto implantado seja de crescimento e desenvolvimento, sem comprometer as condições sociais.

A experiência já acontece na região do Porto de Suape (Pernambuco) e no município fluminense de Itaboraí, onde o governo federal lançou o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, uma obra de mais de R$ 6 bilhões.

Evio Gaspar disse que existe para essas duas regiões um planejamento para implantação de um Plano Diretor de Desenvolvimento, envolvendo melhoria das condições de serviços como transporte e saneamento.

“Nós procuramos ‘ir junto’ com o projeto, e financiar investimento social de forma simultânea”, explicou o diretor do BNDES. Ele foi um dos palestrantes na Reunião de Governadores do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul), que reuniu os governadores André Puccinelli, Yeda Crusius (RS), Roberto Requião (PR) e o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan.
   
Com assessoria